A LUTA DOS TRABALHADORES
Há setenta e quatro anos, no dia 18 de Janeiro de 1934, os operários da Marinha Grande levantaram-se contra o regime fascista e, durante um dia, tomaram conta da povoação que posteriormente foi dominada pelas forças do Governo. A revolta foi acompanhada noutras localidades, nomeadamente em Almada e Silves, e foi seguida de um aumento brutal da repressão que levou à prisão de muitos activistas sindicais e de outros trabalhadores.
À distância, é fácil criticar erros cometidos mas, mais importante, é recordar os factos históricos e aprender com eles. A revolta dos vidreiros da Marinha Grande esteve directamente ligada à luta contra o Estatuto Nacional do Trabalho que, a exemplo da doutrina fascista de Mussoline, impunha a submissão dos sindicatos ao Governo e retirava direitos fundamentais aos trabalhadores. Quando há quem queira fazer mais uma revisão da legislação laboral e sonhe voltar aos despedimentos sem justa causa, é indispensável que não se apague a História e que se recorde que sem lutar é impossível vencer.
Saudemos, pois, a luta dos trabalhadores da Marinha Grande que, embora não conseguindo derrubar o salazarismo, contribuíu para as vitórias posteriores do movimento sindical.
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